Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

30.9.05

Estória

"... Ao abrirmos a porta não estavamos certos de nada, mas ainda assim o que o corpo nos ditava parecia infinitamente maior do que o razoável.
Havia qualquer coisa que nos impelia um para o outro; as mãos não conseguiam sentir-se longe, os dedos brincavam entre si, os olhos catrapiscavam-se numa espécie de "toca e foge" e a boca ditava sussurros audazes. O entusiasmo da pele (a par, perto e longe demais) e dos corpos ao tocarem-se a primeira vez, foi mágico e cheio de todos os sentidos.
Naquele momento, a vontade em cada movimento e em cada toque entranhava-se em tudo o que nos rodeava. Tu, ciente do constrangimento dos primeiros olhares, aninhaste-me nos teus braços, numa cumplicidade conquistada e crescente. Nas horas seguintes agarrei o arco-íris, choveram papelotes e ouvi 1000 bandas em frenesim... Tu sabias-me ao algodão doce em dias de feira-popular.
Já na tranquilidade de ti voltou-me um laivo de racionalidade; achei que devia sair subtilmente, guardar apenas as memórias boas e não permitir que houvesse más.
Mas foi o teu sorriso que me impediu de partir...".
M.

29.9.05

Adoráveis Criancinhas!

Hoje, durante a minha ida matinal à padaria (não há nada que chegue a um pequeno-almoço com pão fresquinho) assisti a uma cena entre mãe e filho que me fez lembrar uma história a que a P. tinha assistido e que contava com muita piada na altura da faculdade. As personagens principais eram uma mãe impaciente e um filho travesso.
A mãe impaciente tentava, em início do mês (que é como quem diz, ela + 1000 pessoas), comprar o passe enquanto o filho travesso (como grande parte das crianças pequenas, a dada altura) pulava por ali em volta do quiosque e da fila ENORME de gente, enquanto fazia traquinices. A mãe impaciente dava-lhe responsos e pedia-lhe para estar sossegado, enquanto o puxava pelos braços para ao pé de si.
Às tantas, cansado das descomposturas e da falta de paciência da senhora, o filho travesso começou a olhá-la com um ar ameaçador e a dizer (ler com sotaque de criança de 8 anos traquininha!): "Olha que eu conto!". A mãe impaciente continuou com os ralhetes, ao que o miúdo ía ripostando até ter chegado ao limite da sua paciência e ter dito alto e bom som para quem quis ouvir: "Olha!!! Olha que eu conto! Olha que eu conto a toda a gente que ontem te vi a pôr a pila do pai na boca!!!". A fila riu em massa, a mãe impaciente que nesse momento era também envergonhada pegou no seu filho travesso e seguiu o seu caminho sem comprar o passe.
Ah! As adoráveis criancinhas!!!
Kisses, M.

27.9.05

Atitude Positiva

Os dias andam calmos, com saudades das minhas pessoas. Às vezes acho que não posso mesmo queixar-me, pelo risco de injustiça para com quem realmente tem problemas... Atitude positiva precisa-se! E eu esforço-me (acho...).
Almoço descontraído para matar saudades do J. e promessas de cinema para a próxima semana!
Febras grelhadas (temperadas com sal, alho picadinho, pimenta e limão), arroz solto com passas e pinhões, salada de tomate com oregãos e a companhia da E. e do Bébé (em transe com o Manchester vs Benfica, mas nós perdoamos-lhe tudo. Não é E.?) tornaram a minha noite mais leve. Obrigada aos dois. Sem polimentos.
Há pessoas que continuam a surpreender-me pela positiva e isso, para além de me agradar muito, é o remédio contra as desilusões. Quando a árvore das amizades é abanada (quoting P.!!) cai sempre uma fruta estragada, é certo. Mas ficam lá sempre outras saudáveis e a possibilidade de florescerem mais.
Parabéns Mc e JP, pelo vosso dia.
Beijos, M.
Ps - E confesso agora o meu "descontentamento contente": a Béu está à espera de um Mário (que deveria ser uma Marta), mas está tudo dentro dos conformes! ;o) Boa!

26.9.05

Existe quem pense assim?

Silhouette
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"Do teu passado
não tenho ciúmes.
Vem com um homem
às costas,
vem com cem homens nos cabelos,
vem com mil homens entre o peito e os pés,
vem como um rio cheio de afogados
que encontra o mar furioso,
a espuma eterna,
o tempo!
Trá-los a todos
ao lugar onde te espero:
estaremos sempre sós,
estaremos sempre,
tu e eu,
sozinhos sobre a terra
para começar a vida!"

Pablo Neruda
Para começar a vida...
M.

25.9.05

Discurso "Old Fashion"

Que estranho quando começamos a ter um discurso igual ao que têm connosco, quando somos mais pequenos e alguém nos vê eternamente como "os miúdos".
A mim acontece-me isto quando de um dia para o outro os primos da geração posterior à minha me aparecem já com 18/20 anos, ideias consistentes e objectivos para a vida, embora eu os continue a ver como os "pikituchos".
Domingo de visitas, passeio e petiscos, impregnado de historietas, peripécias e saudosismos.
Parabéns ao G., papá da Antónia, pelo 31º aniversário.
B'jitos, M.

Prazeres

Um dos meus maiores prazeres é dançar, seja na festa da terrinha, na discoteca, em casa ou em Palma de Maiorca (remember?!).
Desde que me entendo como gente que gosto de ritmos que fazem o meu corpo entrar em frenesim e ganhar vida própria. É uma coisa quase inconsciente, que vem de dentro; quando dou por mim já estou a bater o pézinho ou a abanicar-me.
Ontem foi noite de rambóia até às tantas.
Um convite inesperado à última hora levou-me até aos ritmos da África quente e sensual, que não domino lá mto bem mas que os meus mestres nestas lides têm tratado de, com algum jeito e paciência, me ensinar. Um dos truques passa pela desinibição, por deixar o corpo ir na onda, sem que a cabeça meta entraves preconceituosos ou maldosos. O contacto físico é grande e realça a líbido de cada mulher ou homem que à sua maneira vai deixando o som entranhar-se em si, como uma febre crescente.
Eu fico que tempos a apreciá-los!!
Cheguei a casa já o céu ganhava um tom azul claro misturado com o "laranja-rosado" do sol.
Obrigada mestres pela preserverança dos vossos ensinamentos! ;o)
Beijos com sonoridades de funáná, M.

23.9.05

Petiscada

Vi pela primeira vez imagens do reality show "1ª companhia". Não é que eu seja uma pessoa violenta, mas não há ninguém que possa dar um bofetão no Castelinho?!?!? Por amor da santa; é de tirar qq pessoa do sério.
Curiosamente tive uma surpresa: um dos comandantes (e que me perdoem se me enganei no posto) é uma antiga paixão de liceu. Só consegui rir a bom rir...
Pais regressaram hoje do Algarve. Para mimar aqui a menina, trouxeram cadelinhas (ou conquilhas, para alguns) apanhadas na Ilha do Farol. A-DO-RO!!! Foi uma petiscada em jeito de jantar que me soube maravilhas.
Sou muito mimada!!!
E tenho que me redimir por não ter posto uma notinha alusiva ao dia de aniversário do meu queridíssimo P.. Ele ficou muito susceptível, com muita razão, apesar de não me ter esquecido de lhe telefonar! Mesmo assim: Amigo PARABÉNS!!!!!!!! O melhor do mundo para ti e obrigada por todos os momentos. Adoro-te de paixão! (Estou desculpadinha?!)
Beijos, M.

Doméstica(da)

Regresso de férias tb cansa; "ah pois é, bébé"!!!
Dia de vida doméstica; e que bem me sabe agora. Ainda! Ele é cmpras, ele é máquinas de roupa, ele é sopinha de espinafres... A verdadeira f@da do lar. :o)
E estou aqui dividida entre o blog e o "As Good As It Gets". Mr Nicholson tem um papel fenomenal.
Bjs, M.

22.9.05

De Volta

Pézinho - By Marta
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Ai bate bem o pé
Olarilolé com o pé direito
Ai olaré meu bem
Bate o pé também
Porque assim é que dá jeito

Deixa passar esta linda brincadeira
Que a gente vamos bailar
O bailhinho da madeira
Popular Madeirense
Cá estou eu de regresso de terras de Jardim.
A viagem foi positiva e os objectivos atingidos: uns dias de descanso fora do ambiente de todos os dias. O diário de bordo traz algumas peripécias, a começar logo no primeiro dia de viagem.
1) Com voo para as 09h00 cheguei ao aeroporto dentro do limite razoável para o check-in, depois de ter apanhado um taxista que insistiu em me levar ao aeroporto mesmo tendo outra cliente dentro do carro. A coitada da senhora, já de idade e a dirigir-se para o centro de saúde (às 07h30 da manhã), pagou metade da minha bandeirada e o resto são balelas. Depois tive que levar com as sagas de vida do fogareiro, da prima-mais-velha-que-ele-4-meses que vai casar na Austrália e do tio-quase-futebolista-profissional-não-fosse-a-lesão que tinha jogado na 2ª divisão não sei de que clube. Só comigo...
2) Voo regular a bordo do avantajado Luís Vaz de Camões, com aterragem perfeita no Funchal e com direito à voltinha da praxe para aterrar no sentido Funchal > Machico. Aquilo é que são mãozinhas...
3) Saiu-nos na taluda um Toyota Yaris de matrícula ZR, o qual apelidámos de Zorro. Categoria A, entre 1000 e 1200 de cilindrada, "viu-se e desejou-se", 'tadinho. Na Madeira é tudo a subir. Sempre!
4) O clima do costume com céu nublado mas temperaturas acima dos 22ºC, ou seja, momentos de "fresquilhão" mas suor em bica. :o/ Apesar disso, nada de intimidações; piscina sempre que possível! Ganhei uma côrzinha intermédia, entre o "branco-lula" e o "quase-bronze".
5) Conheci finalmente o Jardim Botânico. Bonito. Armada aos cucos de havaiana de enfiar no dedo, ia vendo os meus pés quase carcomidos pelos milhares de lagartixas (de todos os formatos, tamanhos e cores, mas todas igualmente nojentas) que por lá se passeiam. Em compensação, as aves exóticas são um colírio.
6) Pico do Arieiro/Ruivo nem vê-los (bi-insucesso). "Forradíssimo" de tal forma, que andámos a 20 kms/h, com luzes de nevoeiro e em 4 piscas. Fomos a 1810 m. de altitude encontrar o frio, comprar rebuçados de Funcho e de Eucalipto e tirar a fotografia da praxe na placa do Pico.
7) "Estranjas" com fartura a passearem-se pela ilha. "Chenenses" nem vê-los, a não ser pontualmente um ou outro restaurante (ou as "chinesas" nos cafés cuja a origem do nome não consegui descobrir); ouvi dizer que não são mto benvindos. Em contrapartida, brasileiros é o que se queira...
8) Que sotaque maravilhoso tem aquela gente. Eu e Simonette riamos quem nem tolas sempre que perguntavamos direcções. A dada altura, no Cabo Girão, um senhor respondia a cada pergunta aqui das pecuenas com um cem porsuento, que é como quem diz certíssimo! :oD . E a comida; os felhetes de espada com banana! Hum...
9) Não me podem acusar de não ter andado quilhómetros. Fizemos aquela marginal de "fio a pavio" várias vezes. Já não se aguentava o caminho da marina. E ainda hoje já sem carro, palmilhámos a zona do Lido até a entrada do Funchal, depois para trás pela Estrada Monumental até ao alto da Ajuda e de novo até ao Lido. Ufa...
10) A pedido da minha caríssima Ritinha, consegui encontrar as benditas rosquilhas que, apesar de ser um bolinho típico, ninguém sabe o que é. Foi uma saga até achar uma pastelaria que as tivesse...
11) Como tudo o que é bom acaba depressa, hoje regressámos a Lisboa em segurança a bordo da elegante Florbela Espanca (já de cara nova), num voo catita, com entrada no território a partir da costa cerca do cabo Espichel. Que visão maravilhosa em final de tarde solarengo. Conseguimos não ser presas no aeroporto por contrabando de bolos de mel.
Saudades das minhas gentes.
Bjs, M.
Ps - Parabéns a Chia, neste aniversário em estado de graça.

16.9.05

Férias, Vacances, Holidays, Vacaciones

Levada dos Lamaceiros Posted by Picasa
Merecidas!
Amanhã parto para aqui. Na bagagem levo, além do essencial, a vontade de deixar para trás alguns fantasmas e sobretudo de descansar. O corpo e a cabeça.
Levo também alguns recados: rosquilhas, bolos de mel e rebuçados de funcho para toda a gente.
Acompanha-me ma Simonette. Será a minha companheira de férias nestes próximos dias.
Até ao meu regresso.
Beijos, M.

15.9.05

Atrofio

Ando às voltas com a mala para as férias, a tentar descarregar adrenalina pré-voo em cada coisa que arrumo. Não falem cmg agora. Por favor!
M.
Ps- Parabés à Bodil pelos seus 30 anos.

14.9.05

Encontro Casual - II

Kinsey's Report
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Ou outro título possível seria "Será Fétiche?!?!"
Num encontro absolutamente casual e inesperado, desta vez com um personagem diferente do anterior, estabeleceu-se o diálogo directo à questão marital. Enquanto eu dizia um educado "Olá como está?", do outro lado, numa fracção de segundos, a pessoa respondeu e perguntou de imediato: "Então e já casaste?".
What the f@#&?!?
Eu respondi em conformidade mas não contente, a pessoa continuou: "Então e o teu, lá da marinha?". Com um sorriso amarelo e a tentar disfarçar o meu incómodo disse-lhe: "Aaah! Já não estamos juntos...".
A pessoa desmaiou por dentro, coitada. Eu, disse-lhe adeus e fui para casa.
Será fétiche esta importância de perguntar às pessoas se já casaram?!
Por causa das coisas, vou à sessão de cinema aqui da casa ao lado, ver o relatório Kinsey para ver se descubro alguma novidade.
Bisoux, M.

13.9.05

Estágio

Chegou finalmente o meu cartão multibanco. Fiquei tão contente e aliviada; estava com medo que não viesse antes da partida para férias. Um cartão MB pode mesmo deixar uma mulher feliz. :o)
Amanhã começa o processo organizacional das coisas a levar na mala e a partir de 5ª feira, o retiro espiritual de preparação "pré-voo". :o/ . É o chamado estágio.
E hoje mandaram-me um texto. Retive parte:
"... Aquele amor, mesmo não retribuído,
tornou-se ... lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, uma sensação à qual nos apegamos.
Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira se entranhou em nós,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
... É uma dor que nos confunde.
A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais,
mas interessa o amor que sentíamos por ela ...
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente,
sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro de nós...
E só então poderemos amar de novo."
A Despedida do Amor (autor que desconheço)
Ah pois é...
M.

Olhos nos Olhos

Olhos nos Olhos - By MartaPosted by Picasa
Gosto muito de música; daquela que me faz sentir. O que quer que seja; que me emociona, que me arrepia, que me faz querer dançar, seduzir, encantar até não poder mais. Tu sabias isso.
Naquele verão de acontecimentos conturbados, enquanto na minha cabeça a razão e a emoção andavam ao tabefe, percebi que não podia estar sempre à espera que fossem os outros a aproximarem-se. "Faz-te um homem!", dizia-me o monstro. :o) . Resolvi tirar férias e ir ter com pessoas com quem me sentia bem. Acho que nunca me senti tão bem comigo como nessa altura, apesar da tua ausência.
Para muitas das nossas pessoas o Funchal seria o último refúgio provável para eu descansar das emoções que àquela altura o meu corpo ainda carregava mas, ao contrário, foi uma espécie de catarse que me permitiu compreender uma série de coisas com mais clareza. E eu estava tão bem que acho que isso transparecia; no brilho da pele, do cabelo, dos olhos...
Apesar disso, a minha cabeça ainda estava muito ligada a ti. Continuava demasiado ocupada em provar-te que seria feliz sem ti, em vez de me preocupar em sê-lo de facto. Nesses dias, podia muito bem ter-te cantado aos ouvidos:
"Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme
Quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume,
Obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita
Pode crer.
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você
Eu passo bem demais.
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê.
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim
'cê sabe que a casa é sempre sua
Venha sim.
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta
Me ver tão feliz."
Olhos nos Olhos - Chico Buarque
Uma pontinha de mim continua a cantar baixinho, de quando em quando, eliminando talvez as três primeiras linhas do último verso. Ainda deve haver barreiras a ultrapassar; ou não...
M.

11.9.05

Viragem

Explosão do 2º avião - 11 Set
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Esta foi a segunda imagem que vi quando liguei a televisão naquela manhã de férias no Carvoeiro. Lembro-me de ter dito, espantada, no minuto imediatamente a seguir a ter ligado a televisão, que tinha havido um acidente com as torres do World Trade Center. Passados apenas alguns minutos vi um avião embater na torre II. Do noticiário que dava em directo saltou logo a hipótese de atentado. O resto, já se sabe.

Já de regresso a Lisboa e depois do bombardeio de notícias e imagens desse dia, consciencializei-me que tinha acabado de assitir a uma viragem na história do mundo, como aquelas que lemos nos livros; histórias históricas que nos parecem de ficção.

Nacionalidades e culpas à parte, do ponto de vista humano foi das coisas mais emocionantes a que já assisti via televião. Foi há 4 anos.

Mais bricolage e mudanças nesta tarde de Domingo na casinha de bonecas do meu irmão. Não é preciso um grande programa para me fazer ficar contente. Foi só rir.

Notícias da minha Pat. e novas fotinhas da A. Que coisa mais maravilhosa!

M.

10.9.05

Under Maintenance

Ontem os "bloggerspoters" resolveram fazer uma manutençãozita aqui ao sítio e à hora que cheguei ainda estava on hold. Está justificada a falta.
A noite foi em família, com jantar em casa de Chef Marques (sobremesa feita por mim; mousse de limão que, modéstia à parte, estava muito boa tendo em conta que foi a 1ª vez que fiz). Houve direito a lembranças internacionais: duas das terras nórdicas e a mim, que sou a mais afortunada, ainda me calhou um presente da África do Sul com estada em Portugal de há já larguíssimos meses.
Sem cartão MB e com a Caderneta a ter axaques, estou de mãos atadas para o mundo. O dia foi passado em casa, nas lides e no descanso que já estava a fazer falta. "Adiantar o tapetinho" é o mote da semana.
Preciso começar a organizar as coisas para ir de férias. É o método, é o método... :o)
Vou ali "anhar" mais um bocadinho, a ver se adianto os arraiolos, porque segundo propostas daqui, o negócio talvez comece a proliferar ;o)
M.

9.9.05

Subtileza de Mãe

Arraiolos - By Marta
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Há 3 anos atrás, quando o projecto dos meus pais já estava a tomar forma de casa, prometi que faria um tapete de arraiolos para lhes oferecer, para porem numa salinha de leitura.
Com a dedicação própria de quem faz as coisas com um gozo tremendo, escolhi com cuidado o desenho (o mais simples possível, com centro liso) e os tons - terra, que tornam mais cosy o local para onde se destina o tapete - comprei o que precisava e pus mãos ao trabalho. Fiz tanto ou tão pouco tapete naquele Inverno, que fiquei com bolhas nas pontas dos dedos. A barra ficou pronta num instante; acaba por ser o mais fácil, por estarmos constantemente a mudar o tom da linha e a fazer os contornos. Depois, veio o enchimento; à 10ª fileira consecutiva, já se deita tapete por todos os poros do corpo. Como é muito quente (tela e lãs) acabo por só fazer durante o Inverno ou quando começa o tempo mais fresco, ou seja, ainda tenho horas de tapete pela frente...
"Volta não vai" a mãe C. pergunta pelos tapetes (tenho um outro acabado que vai ser pendurado num paredão, mas para me manter fiel a mim mesma ainda falta terminar as baínhas. :op).
Há dias viemos as duas almoçar cá a casa (muito a correr como convém a quem trabalha) e eu saí mais cedo, deixando o caminho aberto à procura do que ainda está por levar. Ao fim do dia quando cheguei tinha o tapete dobradinho em cima do sofá, juntamente com o saco das lãs, tesoura e alicate, assim como quem diz "quando te quiseres entreter...".
Não consegui deixar de sorrir. Subtileza...
M.

7.9.05

American Pride

Interessante esta história das relações internacionais.
Do mundo inteiro ouviram-se discursos de ajuda às vítimas do Katrina.
Até muy señor Fidel disponibilizou equipas médicas para ajudar as vítimas de Nova Orleães.
Mr W. Bush pura e simplesmente não respondeu, deixando Cuba e Venezuela fora de qualquer ajuda possível.
Sr. e Sra. Bush não devem sentir orgulho na educação que deram ao seu petiz (embora não seja de admirar, tendo como maman a rainha da calinada).
Lá se vai mais uma abanadela no American Pride.
M.
Ps - Um grandeeeeeeeeeeeeeee beijo de parabéns ao meu caríssimo JQR

Há Coisas do Caraças

E pessoas que entram na nossa vida e trazem momentos que jamais se esquecem.
Hoje foi um dia cheio de revelações, de surpresas.
Recebi uma telefonema de uma amiga de adolescência com quem não falava há vários anos, personagem fundamental nalguns dos melhores momentos da minha vida. Que saudades da Célia, caramba!!!
A noite tb trouxe algumas revelações que, no fundo, no fundo talvez não o fossem. Talvez tenham sido apenas validações do que eu já sabia... Mas a concretização efectiva trouxe-me algum assombro. Ao mesmo tempo, de uma forma talvez egoísta, soube-me bem a confiança depositada.
O que também é do caraças é Kill Bill - Vol. I - A Vingança, que vai passar hoje na TVI. Adeuzinho; the bride is waiting.
M.

5.9.05

Coisas Boas

O meu espaço; o meu timing;
Passear ao sol de fim de tarde;
A minha Nô com sono (ou tinto) a mais, quando se ri de si mesma;
Receber fotos da Antónia e notícias dos meus sobrinhos emprestados por vir e das respectivas mamãs;
Rir até ficar com dores nas maçãs do rosto;
Ir ao IKEA e brincar às casinhas;
O telefonema matinal da minha mãe e o olhar orgulhoso do meu pai quando me vê manusear uma chave de fendas;
O cheiro a bébé, do Ben, entranhado na minha roupa + os seus olhinhos azuis a olhar para mim, enquanto lança sorrisos de charme;
Um flirt, mãos bonitas, umas pestanas grandes e uma boca cheia de sex-appeal;
Com o cansaço fico lamechas e carente; cheia de vontade de colo e de mimos. De ronha. Há tantas coisas boas que às vezes fico com ganas de as sentir umas atrás das outras.
(Preciso juntar à minha lista de compras o mocinho da novela, o galã das comédias românticas. Assim, um daqueles em pó que é só juntar àgua e puftt - "Men: can't live with them, can't live without them")
M.

4.9.05

O Social

Ford A - By Marta
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Resolvi pôr em dia a minha vida social e este fim-de-semana foi actividade como se não houvesse amanhã. Digo já que isto requer alguma arte porque estou completamente k.o.; como se estivesse a terminar uma semana de trabalho intensa.
Na 6ª feira tive um jantar de aniversário, de rodízio (no Armazém F, que nem sabia que tinha restaurante. Comi que nem uma abadessa...) e a noite terminou no Ondeando ao som dumas kizombas e d'uns funanás para abanar o rabiosque. Cheguei a casa de madrugada e percebi que já não tenho vida para isto. :oD
No Sábado, e porque tenho a mania que sou très chic, levantei-me às 09h30 para ir falar com o carpinteiro que (eventualmente) me vai fazer os móveis de sala, para ver madeiras e pedir orçamento. Comi mais um almocinho à conta dos papais e depois lá fomos (o sr. mora quase em Torres Vedras; mais um bocado e ia a Paços de Ferreira... ;o) ), tudo num virote, completamente escrava do tempo porque, não bastando, combinei um jantarinho cá em casa com Nô&Nuno. Cheguei a Lisboa cerca das 19h00 apinhada de coisas para fazer. Objectivo: jantar e ir ver o concurso de pirotecnia que começou ontem na capital. Conclusão: estávamos os três tão cansados que depois do J.P. tinto e de um pirex de lasanha, nos sentámos cada um no seu canto a "anhar" até eles irem embora, às 00h30. Depois disto ainda pus a máquina a lavar roupa e tive que esperar que terminasse, se queria ter calças para vestir.
Hoje foi dia de passeio de automóveis antigos com direito a prova de perícia, visita ao Museu do Ar e almoço, tudo na B. A. nº1. Depois rumámos a Sintra, onde estão a decorrer as festas de Nª Sra. do Cabo. Cheguei a casa eram 19h00, completamente "feita em papa".
Agora compreendo o ar gasto das Titis e Nanuchas do Jet 7 dessa vida... Isto de cuidar do social tem muito que se lhe diga. Uma pessoa envelhece anos. ;o)
M.

2.9.05

Freud Explica?

Ando uma sentimentalóide de primeira.
"Volta não vai" dou por mim a choramingar por tudo e por mais qualquer coisinha. Às vezes de raiva, às vezes de saudades ou de emoção e às vezes só de triste, seja a ver o telejornal ou Desperate House Wives...
Será que "Freud explica"? Em caso extremo, e se houver falta de argumentação convincente, recebo visitas (se me portar bem) no edifício amarelo ali ao Campo Mártires da Pátria (é mais central e não se apanha a hora de ponta da Avª do Brasil).
A minha Bé está linda. Cortou o cabelo curto (pela 2ª vez na vida), assim ao estilo Meg Ryan. "Mas antes da plástica", como ela própria diz. ;o)
Mês novo, provérbio novo:
Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.
Beijos, M.