Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

21.3.05

"Tri áin Uâne"

Primeiro que nada preciso deixar presente que estou irritadissíma com esta máquina que me assiste na escrita pq não consigo postar fotos... Grrrrrrrrr.
Adiante. Hj temos o chamado "tri áin uâne" ou, em português, um "três em um": É Dia da Árvore (e Mundial da Floresta), a Primavera chegou chuvosa, depois do Inverno solarengo (?!?) e é Dia Internacional da Poesia. Relativamente a este último, a data foi escolhida pela UNESCO por ser o primeiro dia da Primavera no Hemisfério Norte.
A tradição que liga a poesia à Primavera é antiga; em português "El Rei del Pinhal", que é como quem diz D. Dinis, deu alguns exemplos disso, os quais não vou transcrever pela ausência de espaço... :o).
Bom, quanto ao dia da árvore não há ano nenhum neste dia que não me lembre do Joel Branco a cantar:
"uma árvore um amigo,
que devemos bem tratar.
Um amigo de verdade
tão fiel como a amizade
que podemos cultivar..."
E era sempre nestas alturas que as aulas de hortofloricultura eram assistidas com mais entusiasmo. Ahhh! Não há nada como a vida do campo... :oD
O trabalho está mais controlado apesar de ainda ser relevante, ainda para mais tendo em conta que esta semana só tem 4 dias. Mas enfim, tudo vai correr bem espero! E não vou precisar de abdicar das minhas férias apesar da baixa ocorrida!!! Devo deslocar-me de novo à Invicta, mas desta vez em lazer puro. Preciso conhecer o Porto com "olhos de gente".
E porque é dia da poesia, termino com um poema do (quanto a mim) fabuloso José Carlos Ary dos Santos.
Ecce Homo
"Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.
Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.
Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,
Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos."
Bjs, M.