Evolução e Certezas

Eu

Gosto de escrever acerca de sentimentos, pq gosto de sentir. Sentir faz-me perceber que estou viva; que sou uma mulher com virtudes e defeitos como toda a gente. Um dos meus maiores defeitos é sentir mtos receios: disto, daquilo, "dacoloutro". Isto faz com que às vezes não arrisque qd deveria e não viva um pouco mais, mas adiante...

Há uns anos atrás perguntei à mãe C. como é que ela tinha tido a certeza de que o pai M. é que era o TAL. Ela, certamente como qq mãe com um casamento duradouro faria, respondeu-me que nunca se tinha a certeza absoluta mas que há alguma coisa em nós que nos impele para alguém especial uma vez estando na sua presença. Retorqui com a firmeza própria do pico da adolescência: "Mãe, acho que nunca me vou casar. Nunca vou ter a certeza." (o meu "grilo falante" deve ser o sócio nº 1 da CGTP. Está de greve há vários anos!).

Esta questão ainda me invade, especialmente pq sempre tive algum receio (isto começa a parecer doentio, bem sei :oD) de me deslumbrar e de ser induzida em erro pelo meu ego ou pela vontade de ser feliz. E qd o coração quer mto encontrar luz, às vezes prega partidas à mente e engana-a. Dá-lhe pequenos "presentes envenenados". Mtas vezes deixei de ter a iniciativa de dar um 1º passo com receio disso... A diferença é que, ao passo que antigamente fazia um dramalhão e baralhava tudo o que era sentimentos, disfarçando ou não admitindo o que para mim era claro como a água (não a do Tejo evidentemente), hoje em dia não faço mais; apercebo-me, aceito e sei lidar com uma série de atitudes que dantes via (ou queria ver) com óculos cor-de-rosa. Acho que a isto se chama evolução. Como diz a minha Pat. (o que isto me enche o ego), estou mto melhor agora!!! :o) Obrigada a ti minha linda, pq mto se deve à relação ctg (sem sombra nenhuma de dúvidas). "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és". Posto isto, só posso ser um MUST!

De vez em qd ainda retrocedo um bocado e acho q era mais feliz qd fingia ignorar algumas coisas (dizem que "felizes os ignorantes"), mas já aprendi a controlar os meus ataques de parvoíce (ainda que às vezes me desiluda um pouco mais). Aprendi sobretudo a separar mais o "trigo do joio" e sei até onde posso ir e deixar que vão, sem mágoas.

Há uma frase que utilizo mto de há uns tempos a esta parte:

"Posso não saber mto bem o que quero, mas sei mto bem o que é que não quero!!!"

Lemos, Patrícia

;o) Bacci, M.