Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

4.3.05

A Vida

Hj estou feliz! Muito feliz.
Não tenho por hábito desligar o telemóvel durante a noite mas às vezes calha e ontem, não sei bem porquê, foi uma dessas vezes.
Sou livre de fantasiar e fantasiando, imagino que algo "superior" (se é que existe, mas estou a fantasiar...) tinha guardado esta surpresa para mim hoje; a 1ª coisa que fiz foi ligar o telefone nem bem tinha acordado; ainda estava na "ronha" a rebolar-me no quentinho da cama. Num minuto ouvi o toque de mensagem; era uma mensagem por que ansiava há alguns dias: a UMM ganhou a forma física de um triângulo perfeito: a A. nasceu ontem, cerca das 20h20.
E estas coisas, ainda que eu possa estar cair no lugar comum, fazem-me pensar; pensar em tantas coisas que até parece que os pensamentos se atropelam dentro da minha cabeça (os pensamentos viverão no cérebro? Ou na alma? E a alma, estará no cérebro? Ou noutro local do corpo? Enfim, adiante...). Já aqui falei da P., por isso não o vou fazer novamente. Lembrei-me da faculdade, das férias, dos momentos, do casamento e agora um filho, a A.. Estou em pulgas para ver a pimpolha, o nariz, a boca, os olhinhos... Tudo, tudo!!!
Ainda não fui mãe, mas imagino que seja de facto qq coisa de inexplicável, como todos os sentimentos exdrúxulos (já dizia o poeta). Toda a gente que já passou por isso consegue entender o que se conta da experiência maternal, mas quem não viveu esse momento pode apenas imaginar. E acredito que jamais a vida volta a ser a mesma...
P.&G.: Parabéns. Mas parabéns daqueles com P grande, sinceros e cheios de desejos de tudo o que existe de melhor.
Beijos, M.