Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

26.1.06

Carraspana

Por obra e graça de alguma força superior (e daí talvez seja deste tempo siberiano) acordei com as vias respiratórias irritadas. A garganta tem pigarro e o nariz transformou-se, tão rápido como um piscar de olhos (ah! E o que eu gosto de um bom piscar de olhos pestanudos...), numa fábrica de expectoração, de produção contínua.
E, se por um lado, não estou assim tão mal que necessite de me auto-entupir em medicação, por outro não estou assim tão fresca-que-nem-uma-alface para descurar o combate atempado a um estado pior.
Chá de menta adoçado com mel (que odeio de náuseas, só de me lembrar do cheiro! ) e uma cama esticadinha, quente, com ar de ronha traquina e convidativa, é tudo o que me apetece agora.
Diz a mãe C. que "cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém". Toca a apertar o narizinho e... lá vai disto!
Vivas ao Inverno. :o(
M.