Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

23.1.06

Cumplicidades

É verdade que se consegue reconhecer algo de errado no estado de espírito de quem nos está mais próximo apenas na escrita, ainda que uma janela de chat não tenha olhar, nem tom de voz, nem emoções de espécie nenhuma.
Pude perceber-te a volta de algum tormento apenas pelo teu "tudo bem". Não me peças para explicar, que não sei. É assim e pronto. Não tenho pretensões a espírita, sabe-lo bem; "bruxarias" é o teu campo. Estamos a par longe mas perto, como na definição de amizade que entendemos.
Queria mais uma vez estender as mãos e oferecer-te um caixa forrada a papel bonito, cheia de paz de espírito misturada com as nossas melhores gargalhadas. Uma espécie de caixa de Pandora mas só de virtudes.
Entende isto: não serás velho nunca e sabes porquê? O teu espírito tem asas e é demasiado buliçoso.
Em precisando, sabes de mim. Como sempre.
M.