Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

4.7.05

Bule Bule

O regresso ao trabalho foi o que sempre o são todos os regressos: organizar papelada, ver e corrigir gafes, despachar o trabalho pendente, arrumar tudo... Fiquei surpreendida comigo mesma; consegui despachar tudo e ainda deixar td arrumado e alinhavado para amanhã, dentro do limite que teria ainda que não tivesse estado de férias! Arióps!!! ;o)
Ainda por cima, a volta teve direito a aniversário (parabéns a Bábá!) e, pasmem!!! (citando o saudoso prof. de História da Arte - Sérgio Andrade), não foi no chinês! Também começa com CH mas foi no Chimarrão. Comi que nem um abade e à tarde ainda houve direito a bolo brigadeiro. Huumm. E depois queixam-se...
Velar - do Lat. vigilare - vigiar; vigilar; estar de guarda; amparar.
Infelizmente, o dia não foi todo alegria. Uma amiga perdeu a avó às vésperas de se casar (casa este Sábado). Fui ao velório; Nestas coisas da morte só há espaço a lugares-comuns, parece-me. A forma de encarar é simples, embora difícil: "enterrar os mortos e cuidar os vivos", já dizia Sebastião José. Mas tb não adianta estarmos a falar por quem se sente (pq já se sabe que "quem não se sente, não é filho de boa gente"); é necessário que cada pessoa encerre o ciclo "baque > burocracias > velório > enterro", para começar a fazer o luto até a memória deixar de ser tão magoada. Pela minha parte estou cá. Não para tudo, mas para o que puder.
Ainda assim, devia ser dos nervos, tivemos (umas qts pessoas conhecidas) uma espécie de tertúlia, enquanto esperavamos que o corpo chegasse (?!?! Nunca tal me tinha acontecido, ir a um velório e esperar pelo morto.) e rimos sem controle durante um bocado; ou melhor, sempre que alguém abria a boca para dizer as maiores bacoradas...
Bjs e saudades a quem de direito, M.