Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

13.10.05

A Ti

Estou triste, numa espécie de dança doida entre o altruísmo e o egoísmo que nos povoaram as palavras e nos provocaram a pele.
Sinto-me impotente para te ajudar como tantas vezes fizeste comigo. Tinha que retribuir e não consigo. Isso parece ser o meu egoísmo; sentir-me-ia melhor se conseguisse dar-te as mãos e trazer-te a paz que procuras. O altruísmo revela-se quando sei que tu me sabes lá. Sempre que me fôr possível. Porque quero e porque te devo muito mais do que isso, pelo colo que me deste nos momentos em que achei que não havia sentido nas coisas.
Só te posso ajudar estando aqui. Seja lá qual fôr o caminho que escolheres. Porque essa é a minha função no papel e no lugar que represento. Pensa bem, é o que te peço. Pensa mais do que aquilo que tens pensado. E fica com as tuas próprias palavras:
"Não existe a palavra impossível no amor.
É tudo tão simples como saber a idade da lua,
O sítio onde o pôr-do-sol descansa
Ou o deus que criou o limite do horizonte."
PEC - in Na Serenidade dos Rios que Enlouquecem
Sabes onde é que estou. Eu sei que me desculpas as utopias e as futilidades que me afligem. "Gosti".
Beijos cheios de um mar sereno ao cair da tarde, M.