Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

18.10.05

Tertúlia

Tertúlia - By PEC
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O telefonema deixava entrever o que seria o serão em que nos juntássemos para o objectivo final: "preciso de uma voz feminina para gravar a música antes de a enviar".
No dia marcado, juntámo-nos na tertúlia de sempre; primeiro a "sessão de terapia". Ali ficámos (como sempre) a contar-nos as nossas estórias e a parvejar com as piadolas na linha costumeira. Depois, veio o ensaio com a viola acústica. Parece que estou a ver o nosso ar de "cromos" armados em profissionais, a acertar acordes e a fazer vozes. Não me admira que os vizinhos de cima vivessem à beira de ataques de nervos e atirassem janela fora a biblioteca quase toda! :o)
Quando achámos que a música estava domesticada passámos à demo, no escritório que servia de estúdio improvisado, com mesa de mistura arcaica e um microfone com o qual criei uma relação amor/ódio. Gravámos, re-gravámos e voltámos a gravar. A dada altura achei que não íamos conseguir; sempre que chegávamos a meio da música desatávamos a rir a "bandeiras despregadas"...
À 30ª tentativa lá conseguimos levar a música a eito, afinadinhos, letra correcta e sem gargalhadas. Depois, e como prémio, houve direito a covers. Soubesse o Palma onde a gente estava e era o "cabo dos trabalhos"! :oD
Quem recebeu, parece que gostou. Nós, divertimo-nos que nem uns malucos. A foto, é só fachada mas ninguém precisa de saber! ;o)
M.