Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

11.1.06

Estória - III

Sentados no chão, com nervoso miudinho próprio das descobertas, soltávamos sorrisos tímidos mas provocadores. Era uma cena de filme; nós eramos os actores e sabiamos disso. Ficámos abraçados durante um bom pedaço de tempo, só assim quietos, enquanto o silêncio falava por nós. Nunca as tuas mãos me pareceram tão delicadas como naqueles instantes. E a tua pele... era de chocolate branco e iogurte. E a minha pele sorria envolvida naquele abraço.
Os Roxette fizeram de nossa banda sonora nesses momentos em que me ensinaste um punhado de coisas.
M.