Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

18.11.05

Mossa

Não te amo nem te quero mais. Acho que é só despeito, mas não sei bem. Já não existem pensamentos cúmplices e as memórias, quaisquer que sejam, não trazem nada de bom. Sei, isso sim, que a mágoa me está impregnada na pele e me faz mal. Rouba-me um bocadinho de cada vez, de vez em quando; o cansaço dos "porquês" é que me vence. Perco tempo e todas as minhas forças a desejar que sejas tremendamente infeliz porque não tens direito ao inverso. E não quero; não quero o meu sono invadido pelo teu sorriso nem pelo teu cheiro a Inverno quente. Na realidade não quero o meu sono invadido por nada a não ser por paz. De espírito.
A mossa foi grande e ainda é feia, como um hematoma roxo e sem piada que custa a passar; daqueles que doem mesmo quando passamos os dedos ao de leve pela pele.
Hoje estou assim...
"... These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase..."
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M.