Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

13.3.06

Alguém me explica?!

Se nos damos aos outros, seja aos amores ou aos amigos, teoricamente não nos damos de uma forma calculista a pensar na retribuição mas, por outro lado, há um limite para espera de algum feedback. É inevitável. E quando ele não chega fica-se desapontado e acaba por descurar-se naquele relacionamento. Porque a páginas tantas também queremos sentir-nos queridos; que nos procuram porque sentem a nossa falta ou porque a companhia é agradável. Não queremos imaginar-nos como um dado adquirido...
Por outro lado, as pessoas são unas enquanto indivíduos o que faz com que não tenham necessariamente as mesmas reacções que nós a uma mesma situação. E isso não quer dizer que sejam mais ou menos sensíveis ou que gostam mais ou menos de alguém. São apenas assim, diferentes e pronto.
Ou seja, não podemos exigir nem cobrar demasiado mas já se sabe que "quanto mais nos baixamos, mais nos vêm as cuecas" (por favor sem piadolas foleiras. Obrigada).
Alguém me explica onde começa e termina a linha ténue entre ser displicente ou exigir demasiado?!
M.