Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

24.11.06

A Propósito de Temporal

Ainda não eram 08h15 da manhã andava esta menina de chapéu de chuva numa mão e vassoura na outra, de calça arregaçada a tentar ajudar o ralo a beber o máximo de água que conseguisse. A meta era os meus pés ficarem à tona de água... Consegui impingir ao sacana que se me deparava de bocarra aberta, umas litradas valentes. Depois, segui à minha vida.

Dentro do escritório choveu. Arrastar móveis de peso elevado com material altamente susceptível a danos causados por infiltrações não é o meu cenário ideal para uma 6ª feira à tarde.
Dentro de casa choveu (o que é bem pior, pela parte que me toca...). O tapete fez o trabalho que devia ter feito o ralo e ensopou parte da água. Ensopar àgua de dentro de casa à "esfregonada" não é o meu cenário ideal para uma 6ª feira à noite.
Ou muito me engano ou as lojas dos chineses fartaram-se de facturar com o temporal de hoje, no país; estou certa de que o cenário de chapéus-de-chuva já mortos, moribundos ou a morrerem nas mãos de alguém foi uma constante em todo o lado. Só do Campo Pequeno até p'ra lá do Areeiro, contámos cerca de 47 carcaças, restos mortais de chapéus pelo chão ou enfiados dentro de caixotes do lixo.
Um bom negócio para ter hoje era uma fábrica de chapéus-de-chuva, olá se era!
À hora de fecho deste post, it's rainning cats and dogs (é uma pena que não sejam men. Aleluia!...) e imaginar ter que eventualmente acordar daqui a 3 horas para calçar umas galochas até às virilhas, mesmo por cima das meias com dedos e do pijama, e ir verificar escoamentos, não é de todo o meu cenário ideal para um Sábado de madrugada...
Bom fim-de-semana.
M.