Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

9.6.06

Loucos de Lisboa

Acho piada observar os outro, a suas atitudes, os gestos. Há gente estranhíssima; ou se calhar sou eu que o sou...
No café, uma senhora numa mesa em frente à minha mudava o leite de um copo para o outro, de 10 em 10 minutos. "Para arrefecer", pensei eu até ter visto a garrafa de VIGOR (sim, não estava aquecida!). E lá continuou, durante o tempo que lá estive: tirava o copo do pires, mudava p/ o outro, colocava-o no pires, punha o vazio de lado, and soióne and soióne. Depois, à vinda para casa cruzei-me com um senhor de meia idade, que cantava o hino nacional feito tenor enquanto passeava os seus canitos. Passou numa direcção e quando regressou, "A Portuguesa" já se ouvia em versão assobio. E lá ía ele "fiu fiu fiu fiuuuu, fiu, fiu fiu, fiu fiu!...".
Enfim, "... sã
o os loucos de Lisboa, que nos fazem duvidar. A Terra gira ao contrário e os rios nascem no mar...".
M.