Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

18.5.06

Modernices

Os meus pais descobriram há pouco tempo as maravilhas das novas tecnologias - o sistema "alta voz" do telemóvel. Agora, os meus fins de tarde são muito mais animados.
Cada vez que me telefonam falam comigo aos atropelos. Parece que os imagino, como se estivessem à volta da fogueira numa terra longínqua, com um daqueles sistemas de transmissão, a falarem para o aparelho e a disputarem as histórias. É um fartote.
Modernaço está também o Campo Pequeno. E o espaço que o envolve. Gosto da ideia de remodelação e modernização, mas confesso que não gosto do que lá se passa dentro. Pelo menos não hoje. Não gosto da aficion. Da tourada, gosto dos brilhos e das fatiotas; acho-as elegantes, não fosse o intuito seguinte. Gosto do conceito da pega de caras, mano a mano, mas deveria ser feita com um touro "puro", acabadinho de entrar na arena. Aí queria eu ver se havia rabujador que impedisse o bicho de fazer estragos...
E há ainda, hoje em dia, um moderno festival Eurovisão da Canção que perdeu a capacidade de reunir famílias ao serão. Já não brilha da mesma maneira. Aliás, já não brilha de todo. Como as músicas que lá levamos...
M.