Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

10.11.06

Qu'emoçongue carago!

Os lenços promocionais e os pequenos corações luminosos distribuidos na entrada, compunham o decoro dentro do pavilhão.
Qual noiva que se faz sempre esperar um bocadinho criando curiosidade crescente, Rui Veloso entrou no palco solando blues uns 15 min. depois da hora marcada.
Convidados especiais como Luz Casal, Tim e Jorge Palma ajudaram ao cenário. O dueto com Mariza acabou em standing ovation. Está bem que o concerto era do Rui, mas a mulher canta p'ra caraças! Ê vozeirão!
No alinhamento faltaram (quanto a mim) músicas marcantes em 25 anos de carreira - Beirã, o Negro do Rádio de Pilhas, Cavaleiro Andante ou várias de Mingos & Os Samurais.
Um grupo de pós-adolescentes (22/23 anos, creio) sentaram-se por ali (demasiado) perto e comportaram-se como se estivessem num bar de música ao vivo, a beber cervejas à rodada e a falar altíssimo. Eu estava capaz de os atirar um a um do varandim do 2º balcão... No final uma das miúdas-pseudo-parvinhas perguntou-ME (logo a mim) com ar de tonta: "olha, ele não tocou o Estrelas no Céu? Não?!?! E qual foi a 1ª música?"...
Três encore.
Já perto do final, Porto Sentido e A Paixão (2º Nicolau da viola) ecoaram no pavilhão a uma só voz, qual celebração de missa.
Foi um'emoçongue carago!!!
M.