Private Post VII
A morte, sempre que se revela mais presente da realidade de cada um, levanta sempre uma série de questões para as quais muitas vezes não há respostas, por mais considerações que tentemos tecer.
De uma certa forma, acho que o sofrimento pode ser visto como uma espécie de egoísmo (egoísmo "bom" - se é que isso faz algum sentido). No fundo, quem fica é que sente a dor da perda e tem que conviver com ela, com as memórias, com a ausência. Em determinados casos é preciso um forte sentido de abnegação para interiorizar que às vezes a partida significa alguma paz e o fim de uma fase dolorosa para quem parte. Mesmo quando a consciência disso nos assiste, é difícil largar as amarras; a esperança de que tudo possa diferente é mais teimosa que o altruísmo.
Minha querida R., já sabes, para o que me fôr possível e sempre que precisares... "me xinga e me bate. Me joga contra a parede e me chama de largartixa". :)
Um grande beijo em forma de abraço apertadinho. Só para ti.
M.
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