Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

31.5.06

No Sotão

Pela mão do Rui Antunes (que descobri por acaso [ou nem tanto...]) entrei (depois de muito tempo sem voltar) no sotão onde guardo as minhas memórias, as que não são palpáveis e que são só minhas.
Pé ante pé fui direitinha ao baú onde guardo os arrumos de Ferreira. Do Zêzere. Eram os verões da minha vida, aqueles em que me perguntavam onde iam ser as férias e eu dizia, feliz até ao âmago: "Vou p'ra Ferreira!".
No caixote (re)descobri as histórias de sempre; (re)descobri os lugares, as festas, as brincadeiras e, inevitavelmente, os amores. (Re)descobri as pessoas. Algumas ainda existem e o tempo não as fez ir para longe. Acabam por ser as minhas amarras áqueles momentos que fazem parte de mim; outras são apenas passagens desfocadas; outras já não existem em forma de gente mas existirão sempre arrumadas no meu baú, naquele compartimento especial que lá está. Consigo ainda imaginá-las apesar de já não serem corpo e falo delas sem que me doa.
Nas "estórias" do Rui li uma pessoa que conheço, ainda que apenas de nome. Falava sobre uma outra, que conheço de corpo e de alma. E essa, continua por aqui a povoar-me alguns bocados de tempo. Sei-lhe de alguns passos; imagino-a muitas vezes, faseadamente, e não sei bem porquê sinto-me "forte como as árvores altas", como escreveu o poeta. Interrogo-me; tenho vontade de lhe ouvir a voz outra e outra vez.
Depois, fecho a caixa devagar e, novamente de mansinho, desço do sotão. A porta, nunca a consigo fechar; fica sempre entreaberta, escolho é não me aproximar muito para não me tentar a entrar muitas vezes.
M.
PS - Hoje vou saltar a rubrica "Sweet Old 80's" porque o "raistaparta" da página dos vídeos não quer funcionar! (Praga do Pitx, de certeza...)

30.5.06

Dúvidas

Voltar a um
a destas?
ou
Conhecer uma destas
?
M.

29.5.06

Perigos

"O teu maior perigo está na boca, no beijo, mais do que...".
M.

28.5.06

De Molho

A bicharia venceu uma batalha. :(
Depois de uma noite pessimamente mal dormida e cheia de tosse, de manhã as minhas amígdalas pareciam duas almôndegas gigantes.
Conclusão: fiquei "de molho" em casa o dia inteiro. Não houve corrida da mulher para ninguém (entenda-se, para mim!), tenho a faringe em fogo e estou com voz de travesti...
"The sun'll come out tomorrow..."...
M.

27.5.06

Fui, Relaxei e Volto a Ir!

Que belíssima supresa, ontem; em boa companhia, estreei-me na cidade do rock.
A noite aliada a um calor não visto nos últimos dias tornou tudo ainda mais apetecível. Estava-se bem (à parte de todos os ataques de espirros consecutivos que tive...). Muito bem! E diverti-me com toda a minha gente que por lá cantou. Pulei e cantei como se não houvesse amanhã.
A Ivete, para além de uma grande toleirona, é uma bomba de palco. Ok, pronto! E tem umas pernas de fazer inveja. A música pode não valer um chavo, mas não vi ninguém que não tivesse "levantado poeira" (e literalmente!). Jamiroquai foi a onda muito "cool" de sempre! A Shakira conquista as gentes com aquele português-brasileiro e os ad-libs que faz tiram-me do sério, mas mexe as ancas como ninguém e essa, é que é essa!!!
Cheguei a casa às 03h00. Mas fui!
Hoje, para compensar, levei mais um "tratamento" do meu querido PEC; de novo fui pontapeada e soqueada. Fiquei com um quebranto no corpinho que, upa upa! Obrigada my sweety. É caso para dizer que quanto mais me bates, mais te adoro!
O mau de tudo isto é que a bichice insistiu em apoderar-se das minhas amígdalas. Mas eu já ripostei e dei-lhe com um Ben-U-Ron, que amanhã tenho 5 km pela frente!
Fica um "cheirinho" de Jamiro"ma men"quai.
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M.

26.5.06

Eu Vou! - II

Assim, à última da hora, está decidido: EU também VOU. Vou a todas! E à borla!!! :)

M.

25.5.06

Na Minha Zona

Para quem quiser fazer uns passeios pseudo-culturais, fazer umas fotografias engraçadas ou tomar um café num sítio agradável, aqui ficam umas dicas a visitar, na minha freguesia:
Túmulo de D. João das Regras, na Igreja de São Domingos de Benfica; Palácio dos Marqueses de Fronteira; Capela dos Castros; Edifício na Quinta das Rosas; Quinta da Alfarrobeira; Paláciodo Conde de Farrobo e Jardins (conjunto intramuros); Igreja de São Domingos de Benfica; Bairro Grandela; Quinta das Campainhas ou Palácio do Beau-Séjour;
Capela dos Castros –Monumento Nacional – século XVII; Museu da Música; Museu da República e da Resistência.
Bom passeio.
M.
PS - Parabéns à UMM por mais um ano de caminhada! (e por falar em caminhada... ;) )

24.5.06

Utopias

Se me queres o bem que dizes afasta de mim esse vício que trazes nas pontas dos dedos.
Não me agarres a cintura como uma propriedade. Não me toques a boca só para ouvires que a minha respiração te quer.
Pára de me envolver os cabelos como se nadasses num mar revolto. Leva para longe a tua pele com cheiro de céu e a traquinice do teu beijo que dança ao som dos sentidos.
Não me tentes com o teu riso inquieto. Deixa-me não me lembrar que existes.
M.

23.5.06

Elogio

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.
Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso
Roubado descaradamente ao Capitão Alvim.
Tem piada este MEC.
M.

22.5.06

A Cor do Crime

Freedomland
Posted by Picasa
Mais uma historieta sobre a questão das relações inter-raciais. Não achei grande coisa, mas o Samuel está lá, portanto eu também estou.
O que também estou (ainda) é a ressentir-me da má vida de Sábado... Dor de cabeça que estala, espirros com fartura e um pacote de lenços de papel. Ui... :o(
M.

21.5.06

Cidade dos Anjos

"I would rather have had one breath of her hair, one kiss from her mouth, one touch of her hand, than eternity without it. One."
Porque são assim as coisas do amor; doces, sumarentas, suaves na língua; granuladas como areia doce que se desfaz na boca. Como uma pêra. :)
Cidade também de anjos (e demónios) é a minha, Lisboa. A minha Lisboa.
Depois de um jantar agradabilíssimo e de uma noitada muito bem passada, hoje quando o céu já começava a ganhar as cores da manhã, achei-a mais bonita do que nunca.
M.

20.5.06

Espirituosos

Cowpiright
Achei piada, apesar de tudo, à historieta passada com a vaca da Cow Parade roubada no Campo Pequeno.
Parece que a Cowpiright foi levada do seu poiso por um bando de 8 mânfios e deixada à porta da Faculdade de Veterinária, com uma pata partida. Junto do seu corpo inerte estava um papel onde constava a seguinte inscrição:
"Mais vale uma vaca no Monsanto, do que duas no Campo Pequeno"
Espirituosos, os larápios.
M.

19.5.06

Shhhhhhh!

Isto anda muito sossegado. Medo...
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"It's, oh, so quiet
it's, oh, so still...
You're all alone
and so peaceful until...
you fall in love (zing boom)
the sky up above (zing boom)
is caving in (wow!)...
You've never been so nuts about a guy
you wanna laugh, you wanna cry
you cross your heart and hope to die...
'til it's over and then
it's nice and quiet
but soon again
starts another big riot...
you blow a fuse (zing boom)
the devil cuts loose (zing boom)
so what's the use (wow!)
of falling in love?
It's, oh, so quiet
it's, oh, so still...
You're all alone
and so peaceful until...
you ring the bell (bim bam)
you shout and you yell (hi ho)
you broke the spell...
Gee! This is swell
you almost have a fit
this guy is "gorge" and i got hit
there's no mistake
this is it!!!
'til it's over and then
it's nice and quiet
but soon again
starts another big riot...
you blow a fuse (zing boom)
the devil cuts loose (zing boom)
so what's the use (wow!)
of falling in love?
The sky caves in
the devil cuts loose
you blow, blow, blow, blow, blow your fuse...
when you've fallen in love!!!!!!!!!!
Ssshhhhhh..."
Björk
M.

18.5.06

Modernices

Os meus pais descobriram há pouco tempo as maravilhas das novas tecnologias - o sistema "alta voz" do telemóvel. Agora, os meus fins de tarde são muito mais animados.
Cada vez que me telefonam falam comigo aos atropelos. Parece que os imagino, como se estivessem à volta da fogueira numa terra longínqua, com um daqueles sistemas de transmissão, a falarem para o aparelho e a disputarem as histórias. É um fartote.
Modernaço está também o Campo Pequeno. E o espaço que o envolve. Gosto da ideia de remodelação e modernização, mas confesso que não gosto do que lá se passa dentro. Pelo menos não hoje. Não gosto da aficion. Da tourada, gosto dos brilhos e das fatiotas; acho-as elegantes, não fosse o intuito seguinte. Gosto do conceito da pega de caras, mano a mano, mas deveria ser feita com um touro "puro", acabadinho de entrar na arena. Aí queria eu ver se havia rabujador que impedisse o bicho de fazer estragos...
E há ainda, hoje em dia, um moderno festival Eurovisão da Canção que perdeu a capacidade de reunir famílias ao serão. Já não brilha da mesma maneira. Aliás, já não brilha de todo. Como as músicas que lá levamos...
M.

17.5.06

Omessa...

Ou "As Coisas que Descubro".
Gosto muito de flores bulbosas (sendo que a túlipa é uma das minhas flores preferidas) e há já imenso tempo que queria ter em casa um Jacinto; são relativamente fáceis de manter e dão uma flor decorativa muito bonita. Como o Google é como as farmácias - há de tudo - estive a pesquisar acerca da planta, cultivo, sol, humidade necessária, etc.. Eis senão quando, dei com a ligação do nome da planta à mitologia grega e descobri a grande carga homossexual da rapaziada do Olimpo. Vejamos:
Jacinto, filho do Rei de Esparta, foi o grande amor de Apolo, filho de Zeus. Encontravam-se muitas vezes junto do Rio Eurotas para (e transcrevo na versão original) "... delight in boyish pleasures...". Apolo levava Jacinto para a montanha, para caçar ou praticar ginástica (alguma semelhança com Brokeback é pura coincidência ). Fascinado, Apolo deu amor incondicional a Jacinto esquecendo-se de que ele era um mero mortal. Acontece aqui o triângulo amoroso e a desgraça passional. Parece que também Zéfiro - Deus do Vento Oeste - gostava do moço de caracóis. Ora um dia, estavam Apolo e Jacinto na rambóia, besuntados em azeite (...?!...), a praticar lançamento de disco, quando Zéfiro arreliado estragou a brincadeira. Fazendo soprar um vento forte, fez com que um dos discos atingisse Jacinto na cabeça, tombando-o mortalmente. Desesperado, Apolo gritou (mais uma vez em versão original): «Death has taken you in his claws, beloved friend! Woe, for by my own hand you have died. And yet its crime was meeting yours at play. Was that a crime? Or was my love to blame - the guilt that follows love that loves too much? Oh, if only I could pay for my deed by joining you in your journey to the cheerless realms of the dead. Oh, why am I cursed to live forever? Why can't I follow you?» (dramático, parece-me...). O coitado segurou o seu amor junto ao peito e jurou que jamais o esqueceria. Às suas palavras, quando as suas lágrimas se fundiram com o sangue da ferida de Jacinto e cairam no chão, uma flôr vermelha surgiu. Chamaram-lhe Jacinto.
E esta?!?!
Gostei da representação que encontrei, de Jean Broc:

É bonito. E engraçado é que a flôr parece mesmo uns caracóis pequenos... :)
M.

16.5.06

Força, força!

Vasco Gonçalves - By Eduardo Gageiro

Alguém quer, por ventura, ter a amabilidade de me oferecer um livro de fotografia pelo Senhor Eduardo Gageiro?! Assim tipo "Lisboa no Cais da Memória: 1957/1974".

Deve custar tanto como um bilhete para a inauguração da Praça de touros do Campo Pequeno...

Obrigada.

M.

15.5.06

Aprendizagem

O mundo do futebol tem sido para mim uma aprendizagem contínua desde o europeu de 2004. Passei de total ausência de noção de jogo a estado de capacidade de distinguir um pontapé de baliza, um penalti, etc. Continuo no entanto a mostrar alguma resistência ao "fora de jogo"...
Hoje ouvi o sênhô sêlécionadô ditar a lista dos convocados. Dos 23, reconheço:
A) Ricardo e Quim;
B) Miguel, Ricardo Carvalho e Nuno Valente;
C) Costinha, Petit, Maniche, Deco e Hugo Viana;
D) Figo, Cristiano Ronaldo, Simão, Nuno Gomes, Pauleta e Hélder Postiga;
Donde se conclui que gosto é de homens avançados mas que, à cautela, podem ser médios (e sai um brilhante trocadilho futebolísticos...).
M.

14.5.06

Encantamento

"No meio de uma noite atribulada em que o sono saiu de mansinho sem horas para voltar, tentei visualizar-te no escuro. Fechei os olhos com força e consegui sentir-te o quente do corpo e as pontas dos dedos tocarem as minhas costas; voltei-me para ti e abracei-te. Senti-me deslumbrada por te sentir verdade. Na minha cabeça ecoava Chico:
«Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente

Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente

Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente

Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu...»
Nesse momento não consegui esconder nem contrariar nada. E tu sorriste porque soubeste."
M.

13.5.06

"Puta crim numer 10!"

Mal os meus Bebés chegaram de lua-de-mel - ainda com jetlag e tuditudo - e eu já me fui enfiar em casa deles, de jantar debaixo do braço (que é como quem diz com uma quiche de atum, bróculos, queijo e azeitonas que estava bem boneca!).

Directamente de Isla Margarita - qu'ist'é malta com papel (graveto, cheta, pilim, carcanhol, guito. Estão a ver?) - trouxeram uns zarcillos lindos feitos em casca de côco para a menina e um íman colorido para o frigorífico.
Na bagagem vieram ainda as fotos (pelo menos as que ainda resistem!) e as histórias; as histórias contadas sempre com a ligeireza de quem vive uma vida coceguenta e com bom espírito; de quem não enterra viva uma vespa atordoada pelo safanão de uma t-shirt; de quem tem altruísmo para deixar um motim de mosquitos tomar o seu corpo como se se tratasse da última ceia... as histórias de quem apanha um escaldão no segundo dia de viagem porque vai para o Caribe (ou Caraíbas, as you wish) e leva protector solar factor 10, como se fosse a banhos p'ra Trafaria.
"Oh babe. Iure sô uáite! Lezgô tu da bich. Puta crim numer 10!"
Já estava com saudades! :)
Salvé! Aleluia! Ossana nas alturas, neste dia 13 de Maio de Nª Senhora de Fátima!
Obrigada Bebés!
M.

12.5.06

Helás!

Nate Berkus
É decorador. É soro fisiológico porque é um homem lindo (este é o meu blog, por isso é a minha opinião!). É gay...
M.

11.5.06

Eu Vou!

E não é ao Rock In Rio! Isso ainda não sei. Não decidi.
Não se consegue agradar a gregos e a troianos e por mais que o "Jamiro ma men" (aka Jamiroquai) me desperte as atenções, levar com a Shakira embrulha-me o estômago! Antes com a Ivete.
Vou é à Corrida da Mulher (andar e não correr, senão morro!), pelo rastreio e combate ao Cancro de Mama. Pela mão da P., claro!

Dia 28 de Maio.
Inscrições e informações: http://www.corridadamulher.com/
Eu vou!
M.

10.5.06

Le Gemelle

Le Gemelle - By Klimt
Posted by Picasa
Um dia a minha barriga vai crescer assim como a das gémeas de Klimt; ficará como um balão cheio onde ocultarei um tesouro. Ou quem sabe dois...
M.

9.5.06

Coisas II

Acabei de passar no Terreiro do Paço há poucos minutos. A Black Hourse Square dos ingleses está com um aspecto clean, como está na moda dizer. D. José I assenta (para além de no cavalo) num pedestal de pedra limpo, renovado. A praça está toda iluminada.
Gosto de Lisboa.
E o melhor de um hotel de 1ª é ter um serviço de 1ª incluindo um cozinheiro de 1ª que faz com que um cocktail seja de 1ª desde as saladas aos quentes, dos salgados às sobremesas.
Que profiteroles soberbos...
M.

8.5.06

Forrest. Forrest Gump.

Obrigada. É de facto fabuloso; em fotografia, em interpretação, em pormenores e em banda sonora. Em mensagem.
M.

7.5.06

Ajudinha?

É do conhecimento público - pelo menos do meu público particular e directo ;) - que eu sou um zero à esquerda em política.
Assim sendo, alguém me explica porque é que, sendo Marques Mendes o único candidato à liderança do PSD, foi preciso eleições? E como é que se processaram os votos?
Oh ignorância maldita...
Ah! E MÃE, claro está, só há a minha. :)
M.

6.5.06

Afinal?

"Se queres fazer rir a Deus, conta-lhe os teus planos..."
Afinal, o que é o amor?
E por falar em amor, eu nasci - dizem e eu acredito - de um caso desses. De amor. Que faz hoje 33 anos de união. :)
M.

5.5.06

Zézinho Cid

E esta?! :oD
Já me imagino pelo meio das dunas (em substituição das montanhas austríacas) a rodopiar em vestidinho de praia (em substituição do hábito/vestido de cortinados), cantando (em substituição de "the hills are alive with the sound of music"):
"Na cabana
junto à praia,
entre as dunas
e os canaviais...
Só as ondas
e o mar
e as gaivotas
falam desse amor!"

Você é o típico melancólico, que gosta de pensar e repensar na vida. Romântico, adora cenários intimistas e pela-se pela doce amargura de um coração partido.

M.

4.5.06

Patronato

O estado recebe um salário que também dá pelo nome de "impostos". Ora, se somos (alguns de) nós que pagamos os impostos, quer isso dizer que somos nós que pagamos o salário ao estado, o que nos coloca na posição de entidade patronal.
Sempre ouvi este provérbio: "não falte demasiadas vezes ao trabalho, não vá o patrão perceber que afinal você não faz falta".
Posto isto, podemos tomar medidas, podemos?
M.

3.5.06

Citações

Andamos a par e passo, eu e ele. O dois. Provocamo-nos como dois miúdos para ver quem é o mais forte. Umas vezes ganha ele outras vezes ganho eu, que sou pertinaz. Às vezes parece que andamos trocados; (re)agimos quando não é suposto. Deixamos de saber da noção de sentido de oportunidade. E conhecemo-nos tão bem, eu e ele. Os dois. O medo e eu.
O medo calibra o bom senso.
M.

2.5.06

Reuniões

1ª - De condóminos.
Administradora correcta; contas apresentadas. Dispensaremos os limpa-chaminés, que pelos vistos não são obrigatórios e que me parecem desnecessários a quem, na grande maioria, tem exaustores... Sempre se poupam 35,00 € por ano (?!).
2ª - De gente gira. Com direito a bolo de aniversário, presente e tuditudo.
Regresso ao trabalho. Ficava mais uma semana de férias...
M.

1.5.06

Dia 1

Dia do trabalhador.
É feriado também aqui no blog e vamos ao cinema.
Valente...
Maio pequenino de flores enfeitadinho
M.