Histórias

"(...) O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela. Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala. Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter. (...)" - Fernando Pessoa

31.3.06

Sweet Old 80's - III

Estou cheia de pataniscas de bacalhau (estavam absolutamente maravilhosas!!!) com arroz de feijão até dizer mais não. Estou cheia de chá verde e "bolo das chávenas". E estou cheia de mimos depois de um jantar no feminino.
As meninas estão bem, fora uma ou outra situação menos desejável; a minha querida Nô no papel de chefe e a minha querida Rita como uma das mais novas contratadas do pasquim "Tempo Medicina" (amiga, marcamos p/ quando aquilo das carótidas? Eu levo o alguidar, ok? :oD). Palminhas!
Ah! Como sou afago-dependente. :o)
E como "o fim do mês já cá está outra ve-e-ez" (e com bónus por ser Friday - Pay Day), cá vos deixo com mais um musicall na (quase) afamada rubrica Sweet Old 80's/90's.
Côméquié gentes?!?! Quero ver esses braços no ar!!!
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Goddess on the mountain top
Burning like a silver flame
The summit of beauty and love
And Venus was her name

Refrão:
She's got it
Yeah, baby, she's got it
I'm your Venus,
I'm your fire
At your desire
Well, I'm your Venus,
I'm your fire
At your desire

Her weapons were her crystal eyes
Making every man a man
Black as the dark night she was
Got what no-one else had

Wa! Refrão

Goddess on the mountain top
Burning like a silver flame
The summit of beauty and love
And Venus was her name

Refrão
Venus - Bananarama
M.

30.3.06

Oi?

Por proposta fui ver o Prime. Por ser fã da sôdona Meryl fui ver com entusiasmo. Comédia romântica cheia de momentos de humor tendo como pano de fundo o tema rebuscado mas sempre actual que é o amor.
À parte disto, e na sequência de coisas que nos dizem sem estarmos à espera, conseguiram fazer-me ruborizar no seguimento de uma conversa sobre massagens... É que fiquei sem palavras. Oi?
M.

29.3.06

No meu Tempo

Reparei hoje num anúncio de uma operadora telefónica a um tarifário xpto para os paizinhos não se preocuparem com gastos excessivos de telefone. No anúncio, aparecem umas quantas miúdas adolescentes, a telefonarem umas para as outras para contar que fulana-de-tal comprou umas purpurinas e que o não-sei-quantos anda a galar a sicrana-xis.
Não que eu queira estar para aqui com conversa de velha retrógada que já se esqueceu do que é ser adolescente, mas "no meu tempo" (frase chavão que vem no Manual da Idade Adulta, essa grande publicação!), se queriamos falar das futilidades próprias da idade esperávamos pelo dia a seguir para contar na escola (algumas de nós fomos à escola, sim?) e uma conta telefónica fora do que era normal dava logo direito a uma conversinha-de-pé-de-orelha menos agradável. Então e agora vem esta gente incentivar a miudagem, como quem diz: "liguem lá em catadupa do fixo para o móvel das amiguinhas para falar das compras, que os paizinhos depois pagam"?!?! Não me parece nada um bom precedente...
E ainda, "no meu tempo", quando os pais ainda cá viviam, era muito mais fácil contornar o problema do esquentador que se desligava a meio do merecido banho de fim-de-dia.
Agora, olha, toca a sair da banheira, cabelo cheio de amaciador para chegar a uma cozinha alagada com água que saía do próprio aparelho e tentar terminar um banho difícil. Quem tem paizinhos, tem tudo... ;o)
M.

28.3.06

Não me Reconheço

Já dou por mim a ser contagiada pela febre de um jogo de futebol; vi o Benfica vs Barça com toda a atenção e entusiasmo do mundo. Até gritei nas faltas e tudo.
Já dou por mim a não ripostar uma provocação (mas só às vezes) pensando, in the back of my mind, que não vale a pena o desgaste. Aconteceu-me hoje e não passei mal nem nada. :oD
Já dou por mim a comer brócolos sem ser obrigada. Foi meu acompanhamento num jantar de há dias.
M.

27.3.06

O Colchão (Quase) Amestrado

Era uma vez um colchão com vida própria que, recusando-se a ser atado com uma guita para ser transportado para um habitat diferente do seu, deu uma luta dos diabos a dois pobres coitados que o tentavam dobrar e convencer a entrar no banco traseiro da viatura. Muito a custo lá o domaram. E seguiram a sua viagem contentes da vida - "porque não chove e o sol brilha ohohooh" - prontos a transformar a sua modesta casa em acampamento cigano já no próximo mês.
Good night, and good luck. ;)
Obrigada aos meus "gandes" queridos "pu" terem cá vindo jantar com a menina.
E eu hoje estou com um jetlag gigante devido à mudança da hora. Acordei com uma pedrada tal que mal conseguia abrir os olhos. Fui aos tropeços escada abaixo até ao carro e durante 30 minutos temi conduzir até ao trabalho.
Ai a PDI, a PDI...
M.

26.3.06

Spooky

Um dos meus passatempos é fazer puzzles - o que é curioso porque a paciência não é uma das minhas maiores virtudes. Quando termino cada um, costumo emoldurá-lo numa base só protegida com vidro e nunca me dei mal. Até hoje de manhã.
Quando cheguei à sala tinha um deles - um untitled do Keith Haring que já publiquei aqui. - no chão, todo desmontado, vidros por toda a parte e um bocado de mosaico arrancado. Parecia que alguma alma penada tinha passado por ali e deitado aquele ao chão, já que os outros estavam intactos, sossegadinhos nos seus pregos. Estive uma hora a apanhar peças do chão, com todo o cuidado para não me magoar no meio dos vidros.
Será que foi a alma penada do próprio do Keith?! :o/
Muito Spooky...
M.

25.3.06

Há Noites...

... em que me apercebo de como sou verdadeiramente. Ou não; ao contrário, talvez tenha uma imagem deturpada de mim.
Há noites em que me sento para escrever o que tenho a veleidade de achar engraçado na quimera de saber o que não sei. E enquanto os minutos vão passados ausentes de conteúdo, vou percebendo que talvez não passe de uma armada-em-pseudo-interessante. Algumas vezes, quando não tenho nada para contar, escrevo uns poemas de autores de quem gosto para enganar o espírito. Cai sempre bem. Dá ideia que sou uma grande entendida ou conhecedora de poesia.
Às vezes, alimentam-me as utopias. Eu cá vou seguindo agarrando-me com unhas e dentes a estas pessoas que não admito que me digam que não são minhas. E tenho medo de não lhes estar à altura; medo que percebam que não lhes faço falta. Porque estas pessoas são na minha vida mais do que apenas iniciais que escrevo uma ou outra vez. E sinto-lhes a falta porque me dão muito de tudo. Tenho saudades das Patrícias, Antónias e Gonçalos. Dos Paulos. Das Mafaldas, das Giselas, das Ritas, das Anas e dos Jorges. Das Elianas e dos Andrés. Das Nocas, Marias e Antónios. E de outros tantos nomes...
"Há noites que são feitas dos meus braços
E um silêncio comum às violetas.
E há sete luas que são sete traços
De sete noites que nunca foram feitas...
Há noites que nos deixam para trás
Enrolados no nosso desencanto
E cisnes brancos que são só iguais
À mais longínqua onda do teu canto.
Há noites que nos levam para onde
O fantasma de nós fica mais perto;
E é sempre a nossa voz que nos responde
E só o nosso nome estava certo..."
Natália Correia
Há noites assim.
M.

24.3.06

Micro-post

Estou cansada. De mim. E não só...
Fim-de-semana, at last.
M.

23.3.06

Gosto

Gosto deste senhor. Gosto dos maravilhosos olhos de mar que tem, da voz meio enrouquecida, do cabelo grisalho, do sorriso. Gosto deste Chico que canta as mulheres, os amigos, as revoluções e os sentimentos nas entrelinhas de cada letra, de cada música.
Gosto por isso de saber que estão à venda três DVD's com o melhor dos mundos de Chico Buarque. E na minha cabeça há uma vozinha a sussurar-me "tens que comprar. Tens que comprar. Tens que comprar. Tens que comprar...". E são tão elegantes.
Tenho que comprar.
Fica uma letra que já postei aqui noutra altura, de uma das minhas (muitas) favoritas:
"Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não mal-disse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar.
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços com há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz..."

Valsinha - by Chico Buarque / Vinícius de Morais

M.

22.3.06

Mimos a Rodos

Gosto de mimos, pois gosto. E é tão bom perceber a importância que continuamos a ter na vida de alguém...
Obrigada.
M.
Ps - Ah! E vi a leonagem perder com a dragonagem num reduto de lagartos. Vale-me que tomei um anti-estamínico antes de entrar. ;o)

21.3.06

Carrie?

Podia ser a música dos saudosos Europe ou a Sissy Spacek de Brian De Palma. Podia ser a princesa Lea da Guerra das Estrelas ou a Trinity de Matrix. Mas não; tocou-me a Carrie de Nova Iorque. Só é pena não vir com Aidan de oferta...
Você até é muito descontraída e divertida, mas no que diz respeito às relações gosta de sentir compromisso e seriedade. Ainda pensa muito no passado e isso impede-a de andar para a frente. É inteligente mas deixa-se levar pelo coração...
Miranda: You haven't had a crush since Big. Carrie: Big wasn't a crush. He was a crash.
Carrie: One woman's Titanic is another woman's Love Boat.
Carrie: Maybe the past is like an anchor holding us back. Maybe, you have to let go of who you were to become who you will be.
Carrie: I am someone who is looking for love. Real love. Ridiculous, inconvenient, consuming, can't-live-without-each-other love.
Carrie: You do this every time! EVERY time! What? Do you have some sort of radar? "Carrie might be happy - it's time to sweep in and shit allover it?" Big: What? No, no, I came here to tell you something. I made a mistake. You and I... Carrie: You and I NOTHING! You can not do this to me again! You can not jerk me around! Big: Carrie, listen to me. It is different this time. Carrie: Oh, it's never different! It's six years of NEVER being different! This is it! I am done! Don't call me ever again! Forget you know my number! In fact, forget you know my name! And you can drive up this street all you want - because I don't live here any more!
M.

20.3.06

Temporariamente

Detesto a resignação. Mas no caso da morte é o que resta. Também nao gosto de me sentir impotente para ajudar quem me diz muito. Mas no caso da morte, não há nada a fazer.

Mas só até amanhã.
Os meus pensamentos estão com o Ricardo e a Mafalda.
M.

19.3.06

Dia de Pai

Sou muito dada a momentos especiais. Gosto. Hoje sem estar muito à espera, tive um dia do pai up to the letter.
Fui, como em muitos fins-de-semana, almoçar a casa dos meus pais. Para o meu pai levei como presente uma embalagem de gel para o cabelo que ele não tem (descobriu-lhe há uns tempos as maravilhas...). Depois do bacalhau com puré no forno - que maravilha! - o pai fez-me uma proposta. Calçámos as botas de borracha, pegámos um na pá e o outro na enxada e metemos mãos ao trabalho, que é como quem diz na terra.
Plantámos duas árvores. Uma nespereira e uma figueira. Agora é esperar para vê-las dar frutos. :o)
Fica a faltar-me o filho e o livro.
M.

18.3.06

Números Redondos

18 de Março sempre me soou bem, não sei bem porquê. É uma data "redonda". De há uns anos a esta parte tornou-se uma data distinta de muitas outras. É o dia de alguém de quem pouco me lembro mas que não esqueço - não podia, ainda que quisesse - que teve um cunho vincado num rito de passagem demasiado importante e dificilmente esquecível. Por isso mesmo, feliz aniversário.
Dia de IRS via net. Sou tão naba que dói. Mas vá lá, pelo menos ainda tenho a receber; não ter que pagar já é um regalo.
Só por causa disso vou ficar à espera que o Bublé me surpreenda em concerto. Na :2, às 00h45.
M.

17.3.06

Andando

Passos - By Marta
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Não sei que rumo sigo.
Às vezes acho que vou no caminho certo, um passo de cada vez, à cautela. Outras perco-me; páro e não sei para que lado ir. Não consigo decidir o passo seguinte porque a insegurança da incerteza limita-me...
Por isso esforço-me por ir andando, muitas vezes seguindo a intuição. É certo que de vez em quando me espalho ao comprido (devo tropeçar nos meus próprios passos...), mas outras vezes chego onde quero.
M.

16.3.06

Críticas Positivas

Estar um dia inteiro a ouvir explicações de um español de Jaén, carregadinho de sotaque andaluz, cerradíssimo e quase imperceptível em algumas palavras, cansa qualquer um. O que vale é que hoje, já com mais à vontade, ainda nos rimos da dificuldade que teimava em aparecer-nos em alguns momentos. Ainda por cima o señor parece que tem pillas que nunca mais acabam e fala à velocidade da luz. Livra!
Pelo menos foi simpático o suficiente para me elogiar, dizendo que eu tinha apreendido toda a informação bastante depressa (face à outra formanda...). Depois disso perguntou-me onde é que eu ia almoçar... Hum?!?
O livro do meu querido P. recebeu uma crítica que a mim me parece boa, feita pela Comissão Consultiva de Apreciação de Livros, constituída por elementos alheios aos quadros da Fundação Calouste Gulbenkian.
A ler em: http://www.leitura.gulbenkian.pt/rol_de_livros/
"Autor da Obra" - Paulo Eduardo Campos "Editora" - Amores Perfeitos
Parabéns my dearest friend. Miss u. :)
Quem também está de parabéns hoje é o mano P.. Happy 32nd. Feliz aniversário.
M.

15.3.06

Sorrisos d'Alma

Pessoas
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Alguns dos sorrisos da minha vida...
Faltam aqui pelo menos mais três pessoas cujas fotos não sei se gostariam que eu publicasse. Independentemente disso são todos igualmente importantes.
Saudades.
M.

14.3.06

Moleza

Estou cansada. Vou enroscar-me na manta polar, with Georgia on my mind...
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M.

13.3.06

Alguém me explica?!

Se nos damos aos outros, seja aos amores ou aos amigos, teoricamente não nos damos de uma forma calculista a pensar na retribuição mas, por outro lado, há um limite para espera de algum feedback. É inevitável. E quando ele não chega fica-se desapontado e acaba por descurar-se naquele relacionamento. Porque a páginas tantas também queremos sentir-nos queridos; que nos procuram porque sentem a nossa falta ou porque a companhia é agradável. Não queremos imaginar-nos como um dado adquirido...
Por outro lado, as pessoas são unas enquanto indivíduos o que faz com que não tenham necessariamente as mesmas reacções que nós a uma mesma situação. E isso não quer dizer que sejam mais ou menos sensíveis ou que gostam mais ou menos de alguém. São apenas assim, diferentes e pronto.
Ou seja, não podemos exigir nem cobrar demasiado mas já se sabe que "quanto mais nos baixamos, mais nos vêm as cuecas" (por favor sem piadolas foleiras. Obrigada).
Alguém me explica onde começa e termina a linha ténue entre ser displicente ou exigir demasiado?!
M.

12.3.06

Soneto do Amor Difícil

Vimeiro - By Marta Posted by Picasa
"A praia abandonada recomeça
logo que o mar se vai, a desejá-lo:
é como o nosso amor, somente embalo
enquanto não é mais que uma promessa...

Mas se na praia a onda se espedaça,
há logo nostalgia duma flor
que ali devia estar para compor
a vaga em seu rumor de fim de raça.

Bruscos e doloridos, refulgimos
no silêncio de morte que nos tolhe,
como entre o mar e a praia um longo molhe
de súbito surgido à flor dos limos.

E deste amor difícil só nasceu
desencanto na curva do teu céu."

David Mourão-Ferreira
A praia estava praticamente deserta neste Domingo quase primaveril; a baixa-mar revelava um areal onde as vagas pequenas vinham dançar. O sol fez-me companhia durante o passeio e o barulho das ondas foi como um xanax a diluir-se-me nas veias.
M.

11.3.06

Ofício

Gostava de ser mestre num ofício, como o meu pai.
O Martão Mobile estava com um problema e eu não tinha dado conta. Eu bem praguejava nos últimos tempos contra a falta de força nas subidas e nas ultrapassagens, mas também não estava à espera que um 1000 se portasse como um carro de 400 cavalos...
Hoje quando cheguei ao palacete a mãe C. apercebeu-se de um barulho estranho no carro. O pai só chegou mais tarde. Mal lhe contámos do barulho, sentou-se no banco do condutor, ligou a ignição e apenas alguns segundos depois fez o diagnóstico: "Está a trabalhar em 3 cilindros" (whatever that means...). 30 minutos mais tarde estava arranjadinho e pronto a seguir viagem, com a vela arranjada e com óleo de motor e de travões. Agora é que a carripana anda nas horas. :o)
Helás. Posso não perceber muito de mecânica, mas o bolo de iogurte que está quase a sair do forno deve estar de comer e chorar por mais.
M.

10.3.06

E Depois?

Hoje acordei a preto e branco. Melhor: sépia...
Nestes tempos em que a imagem das pessoas é tão sobrevalorizada imagino um de muitos cenários possíveis: os homens, alguns homens ou todos é indiferente - e falo no feminino porque, afinal é a minha cabeça que aqui está a ditar - procuram uma boa imagem feminina aliada a uma série de outros factores (inteligência, simpatia, interesses, enfim...). Ok. Alguns chegam lá, ao conjunto que imaginam como quase perfeito. Estabelece-se uma relação; há risos, há cumplicidades, há interesses, há líbido; há pele e boca e olhos e tudo. Vive-se um dia de cada vez durante dias; que formam semanas e meses e anos. Muitos. Um dia, este conjunto quase perfeito a que se habituaram a chamar de mulher e com quem se passeiam vaidosos pelos amigos e pelo ego, tem um problema - suponhamos que de tiróde. O corpo que serve agora de ringue a uma luta de hormonas furiosas, deixa de ser airoso como antes. Mas a essência não muda.
E aí, como é?
A líbido vai-se?
Fica o carácter ou, se preferirem, a compaixão disfarçada de apoio?
Começa um frete?
"Era a primeira vez que nus os nossos corpos
Apesar da penumbra à vontade se olhavam
Surpresos de saber que tinham tantos olhos
Que podiam ser luz de tantos candelabros
Era a primeira vez cerrados os estores
Só o rumor do mar permanecera em casa
E sabias a sal, e cheiravas a limos
Que tivesses ouvido o canto das cigarras
Havia mais que céu no céu do teu sorriso
Madrugada de tudo em tudo que sonhavas
Em teus braços tocar era tocar os ramos
Que estremecem ao sol desde que o mundo é mundo
É preciso afinal chegar aos cinquenta anos
Para se ver que aos vinte é que se teve tudo."
Praia do Paraíso - David Mourão-Ferreira
M.
Ps - Feliz aniversário CPC. ;o)

9.3.06

E se...?

E se um dia, um desconhecido caucasiano, de repente, lhe oferecer uma flôr e lhe disser: "tem os olhos mais bonitos e sorridentes que alguma vez vi", isso é o quê?
Jantarinho très agrèable na Adega do Dantas, no Bairro Alto. Simpático. Voto na especialização em leituras de Tarot. :o)
M.

8.3.06

Reply

Há uns tempos atrás escrevi este post
aqui.
Hoje enviaram-me a que terá sido a suposta resposta de Miguel Sousa Tavares à "senhora dos maus minetes".
Ei-la:
"Minha cara, tenho, sinceramente, muita pena de si...
Em primeiro lugar, tive a pena de constatar que só se sentiu realizada, ou minimamente realizada, em 20% dos minetes que lhe fizeram. Concordo consigo quando diz que os homens devem perguntar às respectivas se estão contentes com o seu desempenho. Nesse caso, porque é que assume claramente que finge os seus orgasmos? Das duas uma, ou a menina nunca foi "comida" como devia, ou então, coitadinha, não tem mesmo jeitinho nenhum para o sexo. Nós, homens, também lhe podemos fazer, por exemplo uma estatística de quantas mulheres são ou não boas na cama. Ou quantas fazem ou não, bons broches. O que nunca lhe vamos poder fazer é fingir um orgasmo. Isto, claro, se conseguir que atinjamos um. Acredite que há muitos homens que perguntam as parceiras se estão contentes com o seu desempenho. E acredite também que a maior parte dos homens não teve que ler um manual para fazer bons minetes. Apenas teve que os fazer, uma e outra e outra vez. Só com treino se consegue melhorar a performance minha cara.
Em segundo lugar, informo-a que, caso ainda não tenha percebido, o que você está a fazer é, muito simplesmente, a aumentar o número de homens que pratica mau sexo. Você e as mulheres como você. Ora repare: se você finge um orgasmo de cada vez que está com um homem, em primeiro lugar, está a fazer com que o homem acredite que realmente percebe do assunto (Sim, há homens que não percebem). Em segundo lugar, está a fazer com que este mesmo homem, não se esforce o suficiente para agradar a parceira na relação seguinte. Penso que estamos ambos de acordo, quando digo que uma situação destas não é agradável, nem tão pouco desejável, certo ?
O meu conselho, se o quiser aceitar, é: faça mais sexo!!! A sério, penso que precisa. Mas faça mais sexo sem fingir orgasmos. Vai ver que a sua vida sexual vai melhorar exponencialmente, e escusa de se vir queixar para as revistas. É obvio que nem todos os homens lhe vão dar um orgasmo, ambos sabemos isso. Mas vão tentar, isso, eu garanto... E já agora. Informo-a também que não é assim tão raro uma mulher pedir ao"querido" para fazer assim ou assado. Não julgue todas as mulheres por si " Dra. Ruth".
Um Cordial abraço, Miguel Sousa Tavares"
Eu tenho sinceras dúvidas que a resposta tivesse vindo de MST porque não o imagino a perder o seu tempo a ripostar um textozeco de 1/2 de linhas. De todos os modos, não está mal "respondido", seja lá quem fôr que o tenha escrito.
E porque hoje é Dia Internacional das Mulheres, aqui fica este conselho disfarçado de entrelinhas. Não finjam.
M.

7.3.06

Deslumbre?

Talent de Bien Faire
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O dia não foi o melhor mas a noite trouxe tudo de bom.
Hoje caí na w.c. do trabalho numa cena digna de Buster Keaton. Alguma alminha com cérebro de libelinha fez o favor de entornar água do balde de limpeza (que a sra., também num acto de extrema inteligência, guarda na casa de banho de 5 m2) e não enxugou com a esfregona. Entrei, escorreguei, patinei e caí. Fiquei sentada no chão entre a sanita e a parede. Uma perna ficou para fora do cubículo, outra para dentro com a porta no meio; uma mão agarrada ao "coiso" das toalhas e a outra à maçaneta da porta. Digno de se ver!
À parte disso, estou felicíssima, muito vaidosa, muito contente. Regozijada até às entranhas.
Pela primeira vez na história da marinha portuguesa vai haver uma mulher a comandar um Centauro, que é como quem diz, um navio. O N.R.P. "Sagitário". O convite oficial é amanhã, no Dia Internacional da Mulher.
"... Natural de Coimbra, Gisela Antunes é, desde Março de 2005, chefe de serviço de navegação da corveta “João Roby”, uma das embarcações onde cumpriu o informa o tirocínio (treino) de embarque. A segunda-tenente entrou para a Escola Naval em Outubro de 1998, tendo sido promovida a aspirante em Setembro de 2002..."
Pela minha parte tenho a certeza que é uma menina-mulher íntegra, com o brio profissional que por aí falta a muito boa gente, que é um encanto e que tem uma das gargalhadas mais contagiantes de sempre.
Senhoras, senhores, as vossas homenagens à MINHA querida amiga Gi.
Deslumbre? Nããã. Orgulho!
Amiga, cá estou, como te disse a aplaudir-te mais um sucesso. Em standing ovation. O próximo fica para o final do mês que vem. Bolinhos de Ançã e Pastéis de Tentúgal para toda a gente! ;o)
Beijos, M.

6.3.06

Rescaldo

Maratona cinematográfica é...
... entrar no cinema às 14h15; sair quase 3 horas depois, fazer um lanchinho e voltar a entrar noutra sala às 18h15. Sair quase 2 horas depois, jantar, voltar a entrar noutra sala e sair perto das 00h00. Depois, vir para casa e assistir impassível, à transmissão dos Oscars até à última estatueta. Jon Stewart esteve muito bem desde a abertura. O tipo tem MUITA graça!
Nas principais nomeações vamos por partes; a academia foi bastante eclética este ano, mesmo nas nomeações mais técnicas.
Fiquei muito contentinha com a vitória de Crash para Melhor Filme; foi sem dúvida um dos melhores que vi este ano.
Philip Seymour Hoffman como Melhor Actor Principal em Capote foi mais do que bem entregue. Merecidíssimo. Fabuloso.
Uma Rachel Weisz em estado de graça, foi a escolha da academia para Melhor Actriz Secundária pela interpretação em The Constant Gardener, um filme muito especial com uma fotografia maravilhosa. Boa escolha, na minha opinião.
(E agora, o meu momento humanóide deste post) O George Clooney pode ser um médico de urgências, um ladrão de casinos ou um assassino contratado, que para mim é-me igual. Ele é um charmoso e ponto final. Melhor Actor Secundário pelo desempenho em Syriana. Mais uma escolha acertada; para além da cena das unhas ser horripilante (ainda hoje tenho calafrios!) o 'tadixo aleijou as costinhas com a brincadeira. Anda cá Jorge que a Martinha faz uma massagem, sim?
Bom, quanto à Melhor Actriz Principal, não vi o Walk the Line, mas apetece-me ser faccionária; acho que a Felicity Huffman devia ter ganho. Gosto dela e prontusss.
Ang Lee arrebatou a estatueta para o melhor realizador por Brokeback Mountain. Gostei do filme. A fotografia é muito bonita e as cenas da líbido são fortes.
Eram 04h30 quando apaguei a televisão. Acordei às 08h10 e estou completamente k.o.. A PDI é lixada, é o que é...
M.

5.3.06

Sessão Contínua

É hoje o dia do glamour hollywoodesco nos entrar casa adentro e para ter uma perspectiva mais objectiva da cerimónia, há que fazer os trabalhos de casa. Assim, temos s
essão contínua o dia inteiro:
às 14h15
Às 18h15
e às 21h45
Barriga cheia!!!
M.

4.3.06

Dirty?

Johnny&"Baby" - Dirty Dancing
Posted by Picasa
"Silvia?
Yes, Mickey?
How do you call your lover boy?
«Come here, lover boy»
And if he doesn't answer?
«Oh, lover boy»
And if he still doesn't answer?
I simply say:
«Baby, oh baby
My sweet baby,
You're the one.
Baby, oh baby
My sweet baby,
You're the one.»"
Continua a ser um dos meus favoritos...
M.

3.3.06

Há um Ano

"Hj estou feliz! Muito feliz. Não tenho por hábito desligar o telemóvel durante a noite mas às vezes calha e ontem, não sei bem porquê, foi uma dessas vezes. Sou livre de fantasiar e fantasiando, imagino que algo "superior" (se é que existe, mas estou a fantasiar...) tinha guardado esta surpresa para mim hoje; a 1ª coisa que fiz foi ligar o telefone nem bem tinha acordado; ainda estava na "ronha" a rebolar-me no quentinho da cama. Num minuto ouvi o toque de mensagem; era uma mensagem por que ansiava há alguns dias: a UMM ganhou a forma física de um triângulo perfeito: a A. nasceu ontem, cerca das 20h20. ...".
Há um ano era a notícia de ordem neste "canto". Hoje, volta a ser.
O tempo é célere, gaita!
Passados 365 dias de vida, a "minha" princesinha A. está linda, nos começos de tudo. Há pouco tempo foi a andar...
Parabéns UMM e aquele beijo cheio de boas energias.
M.

2.3.06

Coisa de Pobre

O que a malta gosta é de jantaradas em hotéis (sempre é menos uma refeição que se faz em casa e há buffet de sobremesas), de cheques-compras do El Corte Inglés como prémios, de banda de música ao vivo com o mesmo repertório de há 10 anos e de lembracinhas com o logo do hotel...
Diria Caco Antibes (personagem deliciosa protagonizada por Miguel Falabella na série "Sai deBaixo"): "Eu tenho horroooooooooooooooooor a pobre!". :) :)
A minha gajinha do coração fez hoje aniversário - Querida Bé, minha loiraça vistosa, um beijo gigaaaaaaaaaaante!
M.

1.3.06

Inocência Feliz...

... era a que eu tinha aos 13 anos, sempre que o correio me trazia para mais perto o que eu achava ser a minha felicidade. No fundo era; naquela altura.
E ali, na fase em que o primeiro amor era a personagem principal das histórias que eu imaginava, em 1/2 dúzia de linhas cheias de uma caligrafia terrível e deliciosamente feia vinha a alegria daqueles meus momentos; relatos completos dos dias de quem eu queria que estivesse mais perto. Nas entrelinhas, vinham também a partilha, a cumplicidade; as promessas e as palavras que eu queria ler. Era tudo à séria: cobranças, justificações, planos para um futuro que estava ainda tão longe.
Eu sentia-me a pessoa querida, desejada e insubstituível que sempre quis sentir ser e era tudo vivido com a intensidade própria da idade. Numa inocência feliz...
Quando em Março arrulha a perdiz, ano feliz
M.